Bem-vindo a "O Núcleo"

Bem-vindo ao blog do Núcleo Sportinguista do Concelho da Golegã. Com a criação deste espaço pretendemos fomentar o debate e criar condições de discussão e análise, sobre a nossa organização e também sobre o Sporting Clube de Portugal. Saudações leoninas.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Boas Festas

Boas Festas

Está aí o Natal, época em que normalmente se faz o 1º grande balanço de uma época futebolística. Confesso que este é o ano em que menos vezes tenho assistido a jogos em Alvalade, fruto de muitas razões mas a principal da minha ida e de todos os Sportinguistas aos jogos do Sporting, é e será sempre a qualidade dos jogos a que vamos assistindo.
Comece-mos então por reconhecer que não estamos a praticar futebol atractivo, mas que comparando com épocas atrasadas tem dado os seus frutos, sendo exemplo disso o apuramento para a 2ª fase da liga dos campeões. No plano interno podemos considerar normal a eliminação da Taça de Portugal e promissor o escassos 3 pontos de distância para o 1º classificado da Superliga, ao invés dos 9 que tínhamos o ano passado.
Acredito, com base naquilo que Paulo Bento tem feito nos últimos anos que poderemos chegar ao título, nos últimos jogos nota-se uma clara melhoria no rendimento colectivo da nossa equipa, e nos últimos anos Paulo Bento tem feito as 2ªs metades do campeonato com grande qualidade.
A acompanhar tudo isto parece-me haver agora uma vontade da direcção do clube em acompanhar e ouvir os Núcleos e Sócios espalhados pelo país, pelo que mais uma vez vamos aguardar que cheguem bons ventos da parte dos nossos dirigentes.
Um Feliz Natal e Bom Ano de 2009

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

SPORTINGUISTAS ETERNOS (3)


Joaquim Agostinho foi o mais notável ciclista português e uma das maiores figuras de sempre do Sporting Clube de Portugal, personificando com a sua indiscutível galhardia o ecletismo do nosso clube e elevando bem alto o nome do nosso País.

Começou a praticar ciclismo no Sporting, equipa que o descobriu ao treinar perto de Torres Vedras, começando a praticar já com 25 anos de idade, mas ainda a tempo de evoluir de tal forma que é usualmente referido como o melhor ciclista português de todos os tempos.

A sua brilhante carreira internacional começou em 1968 depois de ter sido observado pelo director desportivo francês Jean de Gribaldy, obtendo resultados de destaque na Vuelta, onde conseguiu a proeza de estar vários dias de amarelo e um segundo lugar final, distando apenas 11 segundos da vitória, e no Tour onde terminou duas vezes no pódio e venceu a mítica etapa do Alpe d'Huez.

Tragicamente desaparecido no dia 10-05-84, depois de um acidente com um cão, que o colocou 10 dias em estado de coma, quando liderava a Volta ao Algarve com o (seu) leão ao peito. A falta de capacete, uma das suas imagens de marca, pode ter-lhe sido fatal.

Agostinho impressionava pela sua garra, pela sua força, pela sua persistência. Dizia-se à época, que quase tudo em Agostinho era transpiração e muito pouco inspiração. Um homem que subiu a pulso a vida, como a pulso trepou montanhas por essa Europa fora, fazendo do seu espírito guerreiro o seu grande cartão de visita. A sua humildade era outra das características que fez dele, com toda a justiça, um dos maiores símbolos do desporto nacional e do Sporting.

No dia 10 de Maio de 1984 Portugal chorou a partida de um dos seus filhos pródigos, mas Joaquim Agostinho por tudo o que fez na sua vida desportiva, conquistou por direito próprio um lugar ao sol no estrito lote daqueles que podem ser considerados eternos.



COM COMENTADORES DESTES...

No último "Dia Seguinte", programa de análise e debate sobre futebol, onde participam como comentadores residentes Dias Ferreira, Fernando Seara e José Guilherme Aguiar, fiquei siderado com uma opinião deste último acerca de um lance no F.C.Porto - Académica do passado fim de semana.

A história reza mais ou menos assim: no lance, Lisandro Lopes cai na área, ficando a sensação de um possível puxão de um defesa da Académica. Protestos no estádio, mas o árbitro, bem colocado, mandou seguir o lance sem assinalar qualquer infracção. Da análise do lance pela tv, constata-se que o árbitro tomou a decisão correcta, podendo apenas afirmar-se que faltou o cartão amarelo a Lisandro Lopes, pela simulação e pelos exuberantes protestos. Mas ok, dou essa de barato.

Até que o nortenho JGA se sai com esta pérola: do ângulo em que se encontrava, o árbitro, na douta opinião do comentador azul, não consegue perceber o que se percebe na TV, ou seja, que não houve falta; logo e perante tal suposição tida pelo mesmo como verdade absoluta, o senhor do apito deveria ter mandado assinalar penalti !!!!. Repare-se que as imagens confirmam que não houve falta alguma!!!. Repare-se que o árbitro ajuizou bem o lance!!!. Mas deveria ter marcado penalti!!!. E adianto que o mui prestigiado comentador nem por uma vez admitiu que o homem do apito, desta vez, possa ter visto bem!

Ou sou eu que estou a ficar - ou parece-me que isto anda tudo ao contrário. Refira-se a propósito, que o senhor da foto, ainda quanto ostentava um magnífico e farfalhudo bigode, foi director executivo da Liga de Clubes, logo um alto dirigente do futebol português. Para quem vê o programa, sabe também que o senhor doutor é um moralista daqueles que já não há. O supra-sumo da razoabilidade. Razoabilidade essa que o levou já a afirmar que Paulo Bento havia prestado menos bons serviços ao futebol com as suas afirmações contra os árbitros.

Resumindo: Paulo Bento critica erros de facto que (após demonstração clara e inequívoca) prejudicaram a sua equipa e presta um mau serviço ao futebol; Guilherme Aguiar diz que o árbitro que ajuizou bem mas que devia ter ajuizado mal, presta um bom serviço ao futebol. Curioso!

Quando o futebol em Portugal necessita de uma reflexão profunda porque está a definhar (vide assistências médias nos jogos da Liga), vamos levando também com comentadores destes, gente com responsabilidade, até pela visibilidade e mediatismo que protagonizam.

É por estas e (muitas) outras, que só os adeptos sabem porque ficam cada vez mais em casa.