QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ !

Decorria o ano de 1999.

Excerto da entrevista do "Sportinguista" Simão Sabrosa à revista "Mundial", após a sua transferência para o Barcelona.

«Mundial: Trocaria o Sporting pelo Benfica ou pelo Porto?»

«Simão: Nem pensar! Tudo o que sou, devo-o ao Sporting. Em Portugal, só encaro a possibilidade de actuar neste clube.»

Quem te viu e quem te vê !!!

A MELHOR ESCOLA DE PORTUGAL

A "escola" do Sporting, cuja competência e eficácia tem sido internacionalmente reconhecida, "dá" à Selecção Nacional 30% dos convocados por Scolari para o Euro 2008.

Significativo, não?

F.C.PORTO - ARROGÂNCIA E "MAU PERDER"

O F.C. Porto (ainda) insiste naquilo que apelida de "casos do jogo", relativos à final da Taça de Portugal. Num jogo onde foi claramente e na maior parte do tempo dominado pelo seu adversário e onde cometeu erros que não lhe são reconhecidos como normais (nomeadamente tácticos, até em termos de opções na escolha do "onze" - que presumo não terem sido feitas por Olegário Benquerença), continua a insistir na interferência do árbitro no desfecho final.

Mas o mau perder manifestou-se logo no campo, onde jogadores e equipa técnica não esperaram, como é tradicional e desejável, que a taça fosse entregue ao vencedor, "descendo" aos balneários prematuramente. Fica-lhes mal. Os senhores do F.C.Porto cultivaram uma atitude de vitória inquestionável, que lhe tem valido a hegemonia em termos de títulos no panorama competitivo nacional. Mas parece que esqueceram que os campeões também se vêem na humildade perante o insucesso.

As questões das arbitragens são, em Portugal, sempre discutidas com ênfase, num contexto de desconfiança, a que não é alheio o clima aparentemente pouco claro e ilícito, como demonstram os casos "Apito Dourado" e "Apito Final". Alguém viu o Sporting envolvido nesses casos? Que me lembre não. Alguém viu o F.C.Porto envolvido? Respondam vocês...

Mas, mais surpreendente, são os "casos" invocados pelos portistas. Da falta de Anderson Polga (indiscutível, na minha opinião, mas fora da área) e de um eventual penálti sobre Lisandro, eventualmente provocado pelo mesmo A. Polga. O que parece que pretendem escamotear é um golo mal anulado ao Sporting ainda na primeira parte e um lance de que ninguém fala, de Bruno Alves sobre Yannick, em que este aparece estatelado na área depois de (mais) um uso abusivo dos braços e cotovelos do "impetuoso" defesa central. Tiveram ainda assim o bom senso de não contestar a expulsão de João Paulo, após entrada violentíssima sobre João Moutinho (aguardemos agora pelo castigo, atendendo até à forma como João Paulo reagiu - lembro Derlei no jogo de Leiria com 3 jogos de suspensão).

Sempre que existam razões objectivas que fundamentem as críticas sobre arbitragens, vá lá que toleremos o choradilho, mas quando os erros invocados são apenas aqueles que interessam ser, fazem um favor ao futebol se ficarem calados, reconhecendo com humildade, o mérito dos vencedores.

Sobre as questões técnicas de arbitragem e como temos entre nós um especialista na matéria, Sr. Lopes Galrinho, aguardemos que o mesmo nos brinde com as suas sempre elucidativas análises.

MAIS UM TÍTULO

Hoje é seguramente um dia especial para todos os sportinguistas, numa agradável ressaca de mais uma grande vitória do nosso clube.

Com a conquista da 15ª Taça de Portugal, o segundo mais importante troféu do quadro competitivo nacional, o Sporting fecha a época como começou. A triunfar sobre o F.C.Porto. Aliás, das quatro provas em disputa, o Sporting venceu duas, perdendo ainda a possibilidade da terceira conquista por penáltis, na final da Taça da Liga.

Para o ano há mais.

NADA MAU

Final do "campeonato" (prefiro continuar a chamar-lhe assim), contas feitas. Glória aos vencedores, honra aos vencidos.

Numa época difícil para as nossas cores, o desfecho do campeonato foi ainda assim menos mau. Conseguimos o "segundo objectivo", de importância vital para o clube, especialmente em tempo de vacas (muito) magras.

Não fora a enorme distância para o campeão (20 pontos !!!) e a época teria sido um pouco mais agradável. Ainda assim, sem ser uma "grande época" pode ainda ser uma boa época. Das quatro provas nacionais em disputa (três concluídas) estivémos francamente mal naquela que é, sem sombra de dúvidas, a mais importante - o campeonato. Contudo ainda estamos em disputa da "segunda mais importante" - a Taça de Portugal -, vencemos a Supertaça e fomos finalistas da nova Taça da Liga. Acho importante realçar que conseguimos o apuramento pelo terceiro ano consecutivo para a Liga dos Campeões, consolidando o nosso (insuficiente mas o possível) estatuto de vice-campeão.

No plano internacional, fizemos o possível numa prova imensamente exigente como a Liga dos Campeões, num grupo dificílimo, como aliás deve ser o da próxima época, dado o nosso posicionamento no ranking europeu. Aquela "pontinha de sorte" que tanto jeito dá neste tipo de competições, também nunca esteve connosco, em especial nos jogos com a Roma e com o Manchester United. Já na Taça UEFA e apesar do Glasgow Rangers ser um dos finalistas da prova, fica uma sensação clara de que poderíamos estar, novamente, na final da prova.

Para já, das três provas concluídas temos então três vencedores: O F.C.Porto, o Sporting e o Vitória de Setúbal.

Se conseguirmos vencer a final do próximo dia 18, então poderemos considerar que esta época não foi nada má, atendendo às fortes restrições orçamentais e consequentes constrangimentos na contratação de jogadores de qualidade.

Em três jogos com o F.C.Porto este ano, vencemos dois e perdemos um (lembram-se concerteza do já famoso "atraso" ao guarda-redes).

Haverá duas sem três?

GRANDE RUI COSTA

Este fim de semana ficou marcado pelo final da B-win Liga, mas acima de tudo pelo adeus ao futebol, enquanto atleta, de Rui Costa.

Rui Costa foi como jogador e acima de tudo como profissional um exemplo que deve ser seguido e louvado. Fica mais pobre o futebol quando vê chegar o inevitável final de carreira de um jogador com a craveira técnica e humana de Rui Costa.

Destaque ainda para a forma como se despediu dos relvados, "entre a sua gente" como fez questão de referir. Bonito o tributo que os benfiquistas lhe dedicaram, aderindo em massa a um jogo que de atractivo tinha apenas esse simbólico facto.

Não posso deixar de recordar a forma como outros grandes jogadores, alguns da sua geração, acabaram as suas carreiras (embora não tão recheadas de sucesso), nomeadamente no nosso clube, como são exemplos os casos de Manuel Fernandes, Jordão, Venâncio, Pedro Barbosa, Sá Pinto, Iordanov, entre outros.

Lembrar como terminou a sua carreira João Pinto, um dos expoentes máximos da apelidada "geração de ouro". Ou Jorge Costa, que encontrou na frieza da Bélgica, num clube mediano o final de tão brilhante e dedicada carreira.

Ou lembrar que Luis Figo não proporcionará aos sportinguistas metade das emoções com que Rui Costa decidiu brindar a "sua gente", preferindo terminar a sua carreira no milionário Inter de Milão, no também milionário calcio.

Até nestes detalhes Rui Costa foi diferente. Terminou quando quis e onde quis. Em grande, como a sua carreira e o seu carácter.

Com a "sua gente", como não podia deixar de ser.

Português ou Brasileiro?

Estava eu na passada 3ª feira a ver o jogo Manchester-Barcelona quando após constantes e insistentes observações dos comentadores de serviço chamando Português ao jogador Deco, dei por mim a pensar por que carga de água é que o rapaz é Português? Para não errarem teriam que dizer “Internacional Português”, porque isso ele realmente é . . . . ou será que por ter representado a selecção lusa deixa de ser naturalizado Português e passa a ser Português de gema? só nos faltava mais essa , ser o Scolari a atribuir a naturalidade dos jogadores.
Mas esta dúvida leva-me a outras, Rui Costa por exemplo jogava no Milan (já tinha saído do Benfica fazia mais de uma década) e ainda os nossos comentadores enchiam a boca e chamavam-lhe “Rui Costa o ex-jogador do Benfica”. Comparem agora o tratamento com o Cristiano Ronaldo, vejam quantas vezes é que se referem a ele como ex-jogador do Sporting? E a Luís Figo?
Agora descobri uma nova… chamaram ao Polga “ex-Internacional Brasileiro”, fiquei espantado porque pensava que um jogador quando era Internacional por um país o era para sempre, mas parece que não, tal como nos atrasos ao guarda-redes estas coisas no Sporting tratam-se de forma diferente. Para os mais distraídos o Anderson Polga é o único jogador campeão do mundo a ter alguma vez actuado em Portugal.

Por hoje chega de tratamentos esquisitos, mas só para acabar revejam os 5-3 da taça e escutem os gritos dos comentadores quando é golo do Sporting e do Benfica.

Saudações Leoninas