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Bem-vindo ao blog do Núcleo Sportinguista do Concelho da Golegã. Com a criação deste espaço pretendemos fomentar o debate e criar condições de discussão e análise, sobre a nossa organização e também sobre o Sporting Clube de Portugal. Saudações leoninas.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

POBRE FUTEBOL !!!


O futebol, como quase tudo neste País, está definitivamente em crise. Em crise económica e financeira, mas também em crise de credibilidade. Está ainda em crise relativamente à adesão de espectadores nos estádios, facto que não será alheio a, entre outras coisas igualmente importantes, o ponto que foco acima, o da credibilidade ou falta dela. Falta de credibilidade porque existe um claro clima de suspeição em redor do futebol. Os problemas da justiça, em especial a sua morosidade, não ajudam a clarificar de uma vez por todas se o apito é dourado, se é prateado ou se afinal é apenas de lata. O problema das arbitragens vai também continuando, como se nada de anormal se passasse.

E aqui gostaria de fazer uma ressalva que me parece importante: aceito e compreendo o erro humano dos árbitros. Acho que muitas vezes se exagera nas críticas. Mas, por outro lado, estou em total acordo com Paulo Bento e Jorge Jesus - acho a maioria dos árbitros com fraca qualidade na "condução" do jogo. Nem são os aspectos técnicos (matéria sobre a qual não sou seguramente especialista) que mais me importunam enquanto adepto do futebol. São acima de tudo os critérios, a filosofia de gerir o jogo, que tantas vezes o engasga e estraga. Será que, mesmo sendo acusados de cábulas, não podemos copiar o que se passa na melhor liga do mundo, a inglesa? Onde os critérios largos, de privilegiar o jogo, de minimizar as paragens, os tempos mortos irritantes, ajudam a proporcionar melhores espectáculos? Não falo apenas do penalti que é ou deixa de ser. Nem do fora de jogo mal "tirado". Falo da liderança do árbitro no campo e dos seus critérios. Ou será que na Premier League os árbitros não estão sob o international board?

O recente caso do Benfica-Braga é apenas mais uma cavaca na fogueira. Este mediatismo deu-se porque os erros extravasaram aquilo que será aceitável. Se podemos e devemos compreender o erro humano, só o podemos fazer nas circunstâncias em que esses sejam aceitáveis. Eu não entendo, como o árbitro assistente não vê o fora de jogo do David Luis - o jogo está parado; um jogador "bate" o livre; o assistente está em linha com o último jogador da equipa que defende; está um outro, vestido de vermelho um metro à frente de todos. Onde pode haver erro neste caso? Qual é a dúvida? Qual pode ser a justificação? Má colocação? Mas até eu sei onde me deveria posicionar e se foi isso, então é de uma incompetência tal, que o senhor assistente tem que mudar de hobby, voluntariamente ou obrigado.

O lance de Luisão com um atacante do Braga - como pode não se ver? como se pode ter dúvidas?

Paulo Batista (um dos primeiros indiciados no processo apito dourado) viu uma carga subtil sobre Di Maria (nem quero discutir se foi ou não falta) e não vê o lance do Luisão? Mas porque raio não vê ele o que toda a gente viu? Será que foi porque não quis ver? Será que tem problemas de visão? Porque raio não viram eles (arbitro e assistente) estes dois lances?

É por estas e por outras que cada vez vou menos ao futebol. Penso que sou apenas um entre milhares.

E é diferente ser primeiro ou terceiro classificado. É diferente o clima interno, a contestação dos sócios, a postura do treinador e da equipa, a pressão sobre os jogadores. É tudo diferente. Primeiro é primeiro, terceiro é terceiro.

E esta não é uma questão menor. Trata-se da verdade desportiva, uma das essências fundamentais do jogo. Pervertê-la é matá-lo aos poucos.

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