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Bem-vindo ao blog do Núcleo Sportinguista do Concelho da Golegã. Com a criação deste espaço pretendemos fomentar o debate e criar condições de discussão e análise, sobre a nossa organização e também sobre o Sporting Clube de Portugal. Saudações leoninas.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

SPORTINGUISTAS ETERNOS (2)


Vítor
Manuel Afonso Damas de Oliveira foi para muitos um dos melhores guarda-redes de sempre do futebol português. A agilidade, a classe, a presença, o temperamento e o carácter, fizeram dele muito mais que um guarda-redes, mas antes uma referência eterna do Sporting e do desporto rei nacional.

Representou o Sporting durante 15 longos anos, interrompidos por questões menos felizes, que o obrigaram a procurar outras paragens. Representou o Racing de Santander entre 1976 e 1980, regressando depois ao futebol português, para representar o Vitória de Guimarães, onde jogou duas épocas, até 1983, onde José Maria Pedroto pode finalmente trabalhar com o guarda-redes dos seus sonhos. Diria Damas mais tarde a propósito “as pessoas já me consideravam velho com 32 anos, mas mais nove haveria de jogar. Só me posso arrepender de não ter entrado em Portugal directamente para Alvalade”. Antes de regressar ao Sporting, de onde jamais deveria ter saído, Damas representou ainda o Portimonense uma época, terminando a sua carreira no seu clube de sempre, depois de mais cinco épocas, em 1988, com a idade de 41 anos.

Foi internacional por 29 vezes (durante 17 anos – de 1969 a 1986), demasiado poucas para quem apresentava tanta qualidade, sendo destronado nesse posto pelo nosso conterrâneo, entretanto infelizmente falecido Manuel Bento. Há os que defendem que à época, atletas que jogassem no estrangeiro tinham menos chances na selecção. Talvez isso explique o porquê da perda do “seu” lugar.

Com apenas 2 títulos de campeão nacional e 3 taças de Portugal, Damas participou ainda no Campeonato da Europa (1984) e do Mundo (1986), onde acabaria por jogar devido a lesão de Bento. Também aqui nota-se pouca proporcionalidade em conquistas atendendo à qualidade que possuía.

Ostentou o leão ao peito por 743 vezes, o que constitui ainda hoje um record praticamente imbatível. Foi treinador principal, treinador adjunto e de guarda-redes, numa vida dedicada ao Sporting e aos sportinguistas.

Quis o destino que morresse demasiado cedo (com apenas 55 anos, vítima de cancro), em 10 de Setembro de 2003. Damas dissera uns tempos antes “quero estar presente na inauguração do novo Estádio e se isso acontecer posso morrer feliz”. O grande Vítor Damas assistiu à inauguração e partiu pouco tempo depois.

Para nós, sportinguistas, ele será sempre o ETERNO Nº1.

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